Muitas vezes não temos noções do quanto a vida é frágil, do instante em que se pode desvanecer e não mais podermos fazer o que queremos, nem estar com as pessoas de que gostamos. Deparo-me já com várias situações, não ligadas a mim directamente, mas que me afectam. Situações das que num ápice parte alguém com quem lidamos.Hoje recebi uma notícia triste. Notícia essa que me fez lembrar de outras duas situações. No trabalho lido com várias pessoas, umas mais frequentemente que outras. Houve uma certa altura que falava várias vezes com uma senhora, dos seus 84 anos e com uma lucidez fantástica. Falávamos alguns minutos, e despedia-me com um sorriso, esperançoso de nova conversa. Era agradável ver uma senhora com 84 anos assim tão lúcida e independente. Até ao dia que chego à porta, e espero como sempre fazia, para que me aparecesse. Mas quem apareceu foi outra pessoa, a dizer que a senhora tinha falecido. Tristeza.
Hoje a notícia foi outra. Aquela senhora a quem eu tocava a campainha para me abrir a porta e entrar no prédio, ou que passava por mim lá perto e me dizia com um sorriso "deixei a porta aberta para o Sr. entrar...", ou que mesmo que me visse me cumprimentava sempre com um largo sorriso, essa senhora faleceu. Cancro. Ainda há um mês me sorria diariamente, até que o organismo começou a falhar, muito rapidamente. É triste.
Não posso esquecer também um dia em que cheguei ao pé de um amigo que me disse "o meu pai faleceu hoje", deixando-me sem reacção, e muito triste.
E eu pergunto-me, será que podemos ter a certeza que haverá amanhã? Será que amanhã estaremos entre as pessoas de quem gostamos, ou que elas estarão connosco? Tenho pensado nisso.
Aflige-me pensar que a qualquer momento me pode dar um ataque cardíaco inesperado, que posso cair de moto e não me levantar, ou que posso ir na estrada e levar com algum objecto/veículo que me pára o movimento para sempre. Penso também que pode acontecer algo assim à minha mãe, aos meus amigos. Imaginem por momentos... Perante isto, questiono-me porque temos nós atitudes tão frias para os que nos são importantes. Chateamo-nos, discutimos, temos atritos! E para que? Para que perdemos tempo com atitudes que nos entristecem, que nos magoam? Vale a pena? Amanhã podemos já cá não estar, ou podemos já não ter a presença de alguém... É muito triste...
Façam valer o tempo que estão por cá, mostrem que gostam dos vossos familiares, amigos. Cumprimentem os amigos com um "Olá, como estás?" e esperem pela resposta. Respondam também. Digam à vossa mãe, pai, avós, e a todos os familiares que estimam que gostam deles, que vos são importantes. Estejam com os que vos são importantes. Façam programas juntos, vão a cafés, festas, passeios, eventos.
Façam também valer a amizade que por vós sentem. Se estão em casa e vos convidam para café, se ias dormir mas algum amigo quer falar, se há algo que preferias amanha mas um amigo marca hoje, se alguém quer estar contigo a certa hora e tens de te apressar, se te convidam para uma festa de anos a 40km, se vos fizerem isto e muito mais não respondam que não podem, que não vos apetece ou que não estão para isso. Façam um esforço, dêem um pouco de vós, por alguém que vos quer por perto. Pensem que pode ser um esforço para vocês, mas também que poderá ser a última oportunidade de estarem com alguém, de conversar e debater, de brincar e rir, ou de simplesmente dizer que prezam a sua amizade. Um NÃO pode ter muito impacto, quando o amanhã pode não chegar...
Hoje a notícia foi outra. Aquela senhora a quem eu tocava a campainha para me abrir a porta e entrar no prédio, ou que passava por mim lá perto e me dizia com um sorriso "deixei a porta aberta para o Sr. entrar...", ou que mesmo que me visse me cumprimentava sempre com um largo sorriso, essa senhora faleceu. Cancro. Ainda há um mês me sorria diariamente, até que o organismo começou a falhar, muito rapidamente. É triste.
Não posso esquecer também um dia em que cheguei ao pé de um amigo que me disse "o meu pai faleceu hoje", deixando-me sem reacção, e muito triste.
E eu pergunto-me, será que podemos ter a certeza que haverá amanhã? Será que amanhã estaremos entre as pessoas de quem gostamos, ou que elas estarão connosco? Tenho pensado nisso.
Aflige-me pensar que a qualquer momento me pode dar um ataque cardíaco inesperado, que posso cair de moto e não me levantar, ou que posso ir na estrada e levar com algum objecto/veículo que me pára o movimento para sempre. Penso também que pode acontecer algo assim à minha mãe, aos meus amigos. Imaginem por momentos... Perante isto, questiono-me porque temos nós atitudes tão frias para os que nos são importantes. Chateamo-nos, discutimos, temos atritos! E para que? Para que perdemos tempo com atitudes que nos entristecem, que nos magoam? Vale a pena? Amanhã podemos já cá não estar, ou podemos já não ter a presença de alguém... É muito triste...
Façam valer o tempo que estão por cá, mostrem que gostam dos vossos familiares, amigos. Cumprimentem os amigos com um "Olá, como estás?" e esperem pela resposta. Respondam também. Digam à vossa mãe, pai, avós, e a todos os familiares que estimam que gostam deles, que vos são importantes. Estejam com os que vos são importantes. Façam programas juntos, vão a cafés, festas, passeios, eventos.
Façam também valer a amizade que por vós sentem. Se estão em casa e vos convidam para café, se ias dormir mas algum amigo quer falar, se há algo que preferias amanha mas um amigo marca hoje, se alguém quer estar contigo a certa hora e tens de te apressar, se te convidam para uma festa de anos a 40km, se vos fizerem isto e muito mais não respondam que não podem, que não vos apetece ou que não estão para isso. Façam um esforço, dêem um pouco de vós, por alguém que vos quer por perto. Pensem que pode ser um esforço para vocês, mas também que poderá ser a última oportunidade de estarem com alguém, de conversar e debater, de brincar e rir, ou de simplesmente dizer que prezam a sua amizade. Um NÃO pode ter muito impacto, quando o amanhã pode não chegar...