"Não me venhas cá com direitos" é uma das expressões automáticas daquelas pessoas que se intitulam "patrões. E isto foi o que se passou num estabelecimento comercial que eu conheço, assim como os funcionários que lá laboram. E eis o que me chegou aos ouvidos.
Sendo vários os "patrões" naquela empresa, uma família, é comum cada um ter a sua ideia a mencionar. Um diz "façam isto", outro chega e diz "parem já com o que estão a fazer, isso não é para fazer assim nem agora". Bom, o que é que isto dá? A desejável ideia patronal que os funcionários não fazem o que lhes dizem e que por isso são maus funcionários, e que portanto há que apertar com eles...
Não me alongo muito, dando apenas um exemplo. Naquela empresa de restauração todos fazem um pouco de tudo. Empregado de balcão ajuda na confecção das refeições, cozinheiro atente ao balcão, ambos varrem e lavam as salas de refeições. Os contratos não indicam que tem de se fazer mais do que a função discriminada e para o qual foram contratados.
Não me alongo muito, dando apenas um exemplo. Naquela empresa de restauração todos fazem um pouco de tudo. Empregado de balcão ajuda na confecção das refeições, cozinheiro atente ao balcão, ambos varrem e lavam as salas de refeições. Os contratos não indicam que tem de se fazer mais do que a função discriminada e para o qual foram contratados.
Certo dia, num ambiente mais azedo entre "patrões" e funcionários há um funcionário que diz algo como "eu já tenho imenso para deixar feito na cozinha, não tenho tempo de varrer e lavar a sala, e quando o faço é por favor pois o meu contrato não mo permite. Como cozinheiro tenho "x" obrigações e "y" direitos, e limpar a sala não é uma das minhas obrigações. A bomba rebentou.
Um dos "patrões" muito incomodado respondeu à bruta algo como "não me venhas cá com direitos, o trabalho é assim, se queres queres, se não queres és livre de te ir embora".
Um dos "patrões" muito incomodado respondeu à bruta algo como "não me venhas cá com direitos, o trabalho é assim, se queres queres, se não queres és livre de te ir embora".
E é assim a realidade do mundo empresarial de exploração. "Ou queres assim ou vai-te embora".
Nas empresas de restauração que conheço, inclusive já trabalhei em algumas, o mote é "estás cá para trabalhar e mais nada". Nessa empresa que frisei sei inclusivamente que não há pausas para descanso nem tão pouco para refeições. Trabalha-se 7, 8 ou 9 horas seguidas sem direito a interrupção para alimentação. Segundo os "patrões" os funcionários vão comendo nas alturas de menos movimento. Não interessa se a pessoa ao balcão passa as 8 horas efectivas a atender os clientes e não tem hipótese de ir a cozinha comer qualquer coisa para descolar a barriga das costas. Também não interessa se "patrão A" diz para se varrer mesmo com clientes na sala, indo depois "patrão B" repreender o funcionário por o estar a fazer. Resumo, "façam e não piem, as coisas são assim e pronto, desenrasca-te".
E infelizmente onde estão uns a tentar lutar por justiça e direitos no local de trabalho estão outros à espera de falhas para poder ficar com o trabalha. Os "patrões" valem-se disso e ditam as obrigações que quiserem abolindo os direitos dos funcionários.
Vai haver sempre sempre "patrões" assim, exploradores e ditadores, maus gestores ou conflituosos, e infelizmente a classe operária vai ter que ir aguentando pois necessita de trabalhar para pagar as despesas. Muito mais poderia dizer aqui, mas até nisto pode haver inquisição...
Infelizmente, são pessoas assim que temos a "gerir" as empresas...
Nas empresas de restauração que conheço, inclusive já trabalhei em algumas, o mote é "estás cá para trabalhar e mais nada". Nessa empresa que frisei sei inclusivamente que não há pausas para descanso nem tão pouco para refeições. Trabalha-se 7, 8 ou 9 horas seguidas sem direito a interrupção para alimentação. Segundo os "patrões" os funcionários vão comendo nas alturas de menos movimento. Não interessa se a pessoa ao balcão passa as 8 horas efectivas a atender os clientes e não tem hipótese de ir a cozinha comer qualquer coisa para descolar a barriga das costas. Também não interessa se "patrão A" diz para se varrer mesmo com clientes na sala, indo depois "patrão B" repreender o funcionário por o estar a fazer. Resumo, "façam e não piem, as coisas são assim e pronto, desenrasca-te".
E infelizmente onde estão uns a tentar lutar por justiça e direitos no local de trabalho estão outros à espera de falhas para poder ficar com o trabalha. Os "patrões" valem-se disso e ditam as obrigações que quiserem abolindo os direitos dos funcionários.
Vai haver sempre sempre "patrões" assim, exploradores e ditadores, maus gestores ou conflituosos, e infelizmente a classe operária vai ter que ir aguentando pois necessita de trabalhar para pagar as despesas. Muito mais poderia dizer aqui, mas até nisto pode haver inquisição...
Infelizmente, são pessoas assim que temos a "gerir" as empresas...
1 comentário:
;)
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